O Ministério da Educação e o INEP anunciaram, em meio à pandemia de COVID-19, que o calendário do ENEM 2020 está mantido, com o mesmo cronograma de realização das provas, nos dias 1 e 8 de novembro.

Nesse momento em que todas as escolas e universidades estão com as atividades presenciais paralisadas por recomendações dos órgãos de saúde, a manutenção do cronograma é um desrespeito com os alunos e os profissionais da educação.

As propagandas do Ministério da Educação incentivam que os alunos estudem em casa, com livros e com a ajuda de professores a distância. Certamente, Weintraub não conhece a realidade de muitos estudantes brasileiros. Muitos desses jovens sequer têm acesso às ferramentas necessárias para atividades virtuais, e mesmo que tivessem sabemos que o aproveitamento do ensino-aprendizagem fica fortemente em defasagem em relação às atividades presenciais.

Portanto, o SINASEFE e diversas outras entidades da Educação entendem que esse não é o momento para divulgar o edital mantendo as datas pensadas anteriormente para o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Esse é o momento de pensar soluções para preservar as vidas dos brasileiros no enfrentamento à pandemia e também para que os estudantes não sejam prejudicados no futuro.

Defendemos a suspensão do edital, e um novo debate sobre o cronograma do Enem 2020, propondo o adiamento da aplicação das provas e a busca de soluções para ajuste dos calendários em conjunto com as Redes de Ensino Básico e de Ensino Superior Brasileiras.

A UBES e a UNE lançaram um abaixo-assinado pelo adiamento do Enem 2020. Até o momento, já são mais de 300 mil assinaturas, mas precisamos de muito mais para pressionar o MEC a suspender o exame. Nos ajude nessa luta: clique aqui e assine!