O Diretório Nacional do SINASEFE divulgou que é necessário combater o fascismo para defender a rede federal de educação. De acordo com a nota publicada na última semana, o debate político não se encerra nas eleições. O resultado das urnas no dia 7 de outubro é fruto do conservadorismo entranhado na sociedade brasileira. “Portanto, agora não se trata somente de um problema sobre qual governo iremos enfrentar de 2019 em diante, mas sim de quais valores humanos vamos cultivar.
O fascismo se caracteriza pelo autoritarismo, pelo corporativismo, pelo ódio ao diferente. Nada mais antidemocrático! O combate a esses comportamentos e aos representantes fascistas deve ser uma prioridade, seja nas urnas, seja nas ruas.
Nas urnas, uma vitória do candidato que afirma que é necessário escolher entre direitos ou ter emprego, apoiado pelas bancadas conservadoras do boi, da bala e da bíblia, é uma verdadeira tragédia que se explicita nas manifestações machistas, racistas e homofóbicas.
A Rede Federal de Educação está sob forte ataque a algum tempo, são exemplos disso: Emenda Constitucional nº 95/2016, que congela os investimentos primários até 2036; a Reforma do Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC); Escola Sem Partido; Absorção de nossa rede pelo Sistema S (Sesc, Sesi e Senai).
Some-se ao quadro sombrio apontado que a candidatura do #EleNão – e as ideias defendidas pelo seu “guru” econômico, o ultraliberal Paulo Guedes – defende abertamente suas intenções privatizantes para educação brasileira e, no caso específico da nossa Rede, colocá-la imediatamente sob administração do Sistema S. Além disso, o candidato da extrema direita defende a ampliação irrestrita da Educação a Distância (EaD), a militarização das escolas, a cobrança de mensalidades em Instituições Federais de Educação (IFEs) etc.
Nas ruas, a prioridade é nos mobilizar contra os ataques aos direitos trabalhistas, pela defesa de nossos empregos e pela defesa da educação pública. Não podemos esquecer que a família do “coiso” é defensora do Escola Sem Partido, ataca a educação pública e os trabalhadores da educação. Por isso, nestas próximas semanas se intensifica a nossa atividade militante a nossa preparação para tempos difíceis e o combate ao candidato e aos valores fascistas. Só a luta nos locais de trabalho e estudo podem deter as manifestações de ódio e construir um poder autônomo dos trabalhadores.
A presença do #EleNão no segundo turno é uma ameaça à continuidade da existência da Rede de Educação Federal, o que significa rebaixamento salarial e precarização das condições de trabalho.
Não estamos diante de uma simples eleição onde posições distintas disputam o futuro do país. Infelizmente, estamos assistindo ao neofascismo se transformar em um fenômeno de massa, com forte possibilidade de chegar ao poder. Nossa proposta é construir um grande movimento de resistência ao neofascismo, buscando unidade com outras categorias.
Resistir é preciso! O SINASEFE segue na luta contra o fascismo e em defesa dos nossos direitos!”