Nesta quinta-feira, dia 16 de maio, o Sinasefe Rio Pomba participou, juntamente com as representações do Sintufejuf e da Apes, de uma reunião com a reitoria do IF Sudeste MG sobre os cortes orçamentários anunciados pelo MEC. Representando a reitoria estavam presentes o Reitor Prof. Charles Okama e o Pró-reitor de Administração, Fabrício Tavares de Faria.

Na ocasião, foi apresentada a situação do IF Sudeste a partir dos cortes anunciados pelo MEC. O pró-reitor de Administração explicou, em linhas gerais, como se dá o orçamento do Instituto e explanou como se deu o corte. Foi explicado que houve um bloqueio de 30,03% do total de 53,7 milhões do orçamento previstos para 2019, que giram entorno de 16,13 milhões. Da principal ação prevista para o custeio, o valor atinge a 36,66%, ou seja, 12,25 milhões de um total de 33,42 milhões, o que implica em um impacto direto na manutenção da instituição, pois se trata de um corte em uma rubrica onde incidem os gastos relativos ao pagamento dos terceirizados, de bolsas de pesquisa e extensão para alunos, ração para animais e demais insumos, iluminação, fornecimento de energia, água, matérias de laboratório, entre outros.

Em relação ao Campus Rio Pomba, dos 9,02 milhões previstos, foram bloqueados o valor de 2,39 milhões, ou seja, 26,5% do previsto. Porém, da ação principal de custeio, houve o bloqueio de 2,28 milhões dos 6,21 milhões previstos, ou seja, 36,66%. Complementam os 2,39 milhões totais bloqueados, 110,2 mil reais de outras fontes de custeio. O reitor apresentou a sua preocupação em se adequar as condições orçamentárias destacando a importância em gerir o bloqueio da melhor maneira. Destacou que no CONIF foi contra os cortes, mas que reconhece a necessidade de se adequar a circunstância diante do cenário de incertezas.

Além disso, foi exposto que o governo sinalizou que, caso a reforma da previdência seja aprovada, os bloqueios podem ser revistos, desde que justificada as razões para os gastos. Foi enfatizado por todos os representantes sindicais posição sobre os bloqueios ressaltando que essa política atende aos interesses do governo em precarizar e destruir a oferta de uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos e todas. Ressaltou também que a readequação aos cortes poderá produzir a ideia de que a instituição gere mal os recursos que administra, indicando uma possível redução do seu orçamento. Também salientou a chantagem do governo em associar o desbloqueio à aprovação da reforma da previdência. Por fim destacamos, sobretudo, a necessidade de resistirmos aos cortes, tendo em vista, a grande manifestação do setor da educação do último dia 15, quarta-feira. As ruas demonstraram o clamor da população brasileira pela garantia de uma educação de qualidade para todos e todas.